QUANDO EU
TINHA 8 ANOS meus pais se separam, e há 42 anos atrás ser filho de pais
separados era um verdadeiro preconceito. Para se ter uma ideia alguns
amiguinhos de escola orientados por seus pais que exigiam aos filhos que não andassem comigo.
Enfim, aprendi a conviver com isso e hoje vejo que nas escolas a maioria das
crianças são filhos de pais separados quando não nascem como PRODUÇÃO
INDEPENDENTE em plena normalidade de vida. Naquela época, para se ter idéia, os
padres se negavam a BATIZAR uma criança de mãe solteira ou separada
(DESQUITADA), não sei se a igreja ainda age dessa forma.
Mas onde eu
quero chegar? Essa discursão, sem sentido, sobre a ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR
CASAIS HOMOSSESUAIS se baseia, inclusive na ótica da igreja, que essas crianças
seriam discriminadas pela sociedade (Papa Francisco disse isso quando bispo). O
que quero dizer é que ninguém morre por ser, num certo momento, colocado de
lado QUANDO recebemos AMOR, INSTRUÇÃO E BOA COMUNICAÇÃO em casa, é sim possível
vacinar uma pessoa contra o preconceito, sem precisar gerar agressividade como
resposta ou mesmo complexo de inferioridade. Até hoje uma criança negra em
certas escolas (dependendo da região) sofre bulling, assim como uma criança
gorda, ou mesmo com deficiência física, classe social, por uma doença aparente,
pela religião ou etnia de sua família e por ai vai... Penso que somente o tempo
resolve essas coisas, e no final todo mundo se acostuma, entende e aceita.
Claro que os primeiros pagarão essa conta mas nada, absolutamente nada, que não
se possa ser contornado de forma pacífica e objetiva já que existem LEIS CONTRA
TODO TIPO DE PRECONCEITO e ninguém quer ir a um tribunal ou pagar uma
indenização por esse motivo.
Acho
maravilhosa a ideia de tirar mais crianças das ruas, dar a elas mais chance de
crescer, se instruir, ter boa alimentação, ter boa saúde e com doses GIGANTES
DE AMOR que um gay tem a capacidade de dar a todos, e quem quiser que negue essa
afirmação pois a maioria de homossexuais que conheço sofrem de solidão nas suas
relações homo afetivas e tem a necessidade de construir uma relação sólida e uma
família. Extrapola isso em suas profissões sendo a grande maioria
perfeccionistas e exigentes e com uma criatividade sem fim, exemplo para muitos
certamente.
Afirmar
CONDUTAS IMPRÓPRIAS de pessoas gays é outro argumento que não funciona. Digo na
prática pois atendo muitas pessoas que trazem traumas enormes, inclusive de
abusos sexuais dentro das suas casas, praticados por pais, irmãos, primos, amigos
da família, tios, professores, padres e pastores, e todos TEORICAMENTE
heterossexuais.
Existem
GAYS e gays assim como HÉTEROS e héteros, pense nisso!
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