terça-feira, 9 de julho de 2013

Pré CONCEITO ou PRECONCEITO?



Pré CONCEITO ou PRECONCEITO?

QUANDO EU TINHA 8 ANOS meus pais se separam, e há 42 anos atrás ser filho de pais separados era um verdadeiro preconceito. Para se ter uma ideia alguns amiguinhos de escola orientados por seus pais que  exigiam aos filhos que não andassem comigo. Enfim, aprendi a conviver com isso e hoje vejo que nas escolas a maioria das crianças são filhos de pais separados quando não nascem como PRODUÇÃO INDEPENDENTE em plena normalidade de vida. Naquela época, para se ter idéia, os padres se negavam a BATIZAR uma criança de mãe solteira ou separada (DESQUITADA), não sei se a igreja ainda age dessa forma.

Mas onde eu quero chegar? Essa discursão, sem sentido, sobre a ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR CASAIS HOMOSSESUAIS se baseia, inclusive na ótica da igreja, que essas crianças seriam discriminadas pela sociedade (Papa Francisco disse isso quando bispo). O que quero dizer é que ninguém morre por ser, num certo momento, colocado de lado QUANDO recebemos AMOR, INSTRUÇÃO E BOA COMUNICAÇÃO em casa, é sim possível vacinar uma pessoa contra o preconceito, sem precisar gerar agressividade como resposta ou mesmo complexo de inferioridade. Até hoje uma criança negra em certas escolas (dependendo da região) sofre bulling, assim como uma criança gorda, ou mesmo com deficiência física, classe social, por uma doença aparente, pela religião ou etnia de sua família e por ai vai... Penso que somente o tempo resolve essas coisas, e no final todo mundo se acostuma, entende e aceita. Claro que os primeiros pagarão essa conta mas nada, absolutamente nada, que não se possa ser contornado de forma pacífica e objetiva já que existem LEIS CONTRA TODO TIPO DE PRECONCEITO e ninguém quer ir a um tribunal ou pagar uma indenização por esse motivo.

Acho maravilhosa a ideia de tirar mais crianças das ruas, dar a elas mais chance de crescer, se instruir, ter boa alimentação, ter boa saúde e com doses GIGANTES DE AMOR que um gay tem a capacidade de dar a todos, e quem quiser que negue essa afirmação pois a maioria de homossexuais que conheço sofrem de solidão nas suas relações homo afetivas e tem a necessidade de construir uma relação sólida e uma família. Extrapola isso em suas profissões sendo a grande maioria perfeccionistas e exigentes e com uma criatividade sem fim, exemplo para muitos certamente.

Afirmar CONDUTAS IMPRÓPRIAS de pessoas gays é outro argumento que não funciona. Digo na prática pois atendo muitas pessoas que trazem traumas enormes, inclusive de abusos sexuais dentro das suas casas, praticados por pais, irmãos, primos, amigos da família, tios, professores, padres e pastores, e todos TEORICAMENTE heterossexuais.

Existem GAYS e gays assim como HÉTEROS e héteros, pense nisso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário